quarta-feira, 31 de julho de 2013

O nosso domingo!


Naquele domingo furtamos os sorrisos, naquele domingo a brisa despenteou minhas certezas, naquele domingo, descobri a aquarela perdida engolida pelos dias cinzas que permeiam minha rotina... E se não houvesse sol? Dançaríamos na lua, caminharíamos de mãos dadas... Tua alma clarinha iluminando a minha, no balanço desse carinho puro e gratuito... Mas que inigualável ternura partilhamos naquele domingo... Que Deus me permita nunca esquecer da beleza desse dia simples, e que eu consiga agregar na bagagem que pesa a minhas costas,  a pluma leve desses tão açucarados momentos! Carrego uma sucessão de erros e minha trilha é marcada por imperfeição, mas que belo presente encontrar um olhar alheio as cicatrizes, e um sorriso que perfumou as minhas mãos e coloriu-me a alma! Roubo o texto pois assim roubo pouco, ou muito de ti, mas sinto que também é meu, por direito, e será por tanto tempo permitir guardado aqui, no desejo do sempre!

“Aquele domingo tomei como nosso. Roubei pra mim, como aquele poema que eu queria ter escrito. Guardei comigo. Na prateleira mais alta, longe do alcance das crianças. Aquele domingo de primavera para nós, de inverno para eles. Ah, se soubessem, quanta inveja teríamos causado. Aquele domingo é nosso. Aquele sol somente aqueceu a nós. Ninguém mais o viu como nós vimos. Aquele domingo vou emoldurar em dourado. No meio da cidade cinza tudo se tornou mais belo naquele domingo.”





Nenhum comentário:

Postar um comentário