terça-feira, 12 de novembro de 2013

Não sei qual é a tua verdade e nem a minha, eu transmuto, e assim mudo, cresço, desenvolvo em mim percepções necessárias para o bom andamento da minha vida social, e com elas compreensão e resiliência (palavra de ordem). Mas uma grande verdade é que as pessoas não suportam críticas, ninguém gosta de ser criticado e a fuga do conflito é iminente. Mas são eles – as críticas e conflitos – que quando superados nos elevam a outros patamares, a maturidade plena, criam força e nos impulsionam para sermos pessoas completas, pessoas melhores. Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se, despedir-se do que já não colore os dias. Acho que uma necessidade básica de sobrevivência é entender que ninguém joga com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos, como uma grande dança de cadeiras. Não espere que reconheçam seu esforço, que recompensem sua atitude, que descubram seu gênio, que entendam seu amor, ou mesmo que lhe amem. Encerrando ciclos. Não por orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na minha vida. E a gente tem mesmo é que se libertar do que nos deixa triste, do que exige de nós um esforço desumano, das leis e verdades arraigadas e enraizadas em solo infértil, morto. Deixar de lado tudo o que pesa. Sem pequenezas, futilidades, dramas... A vida é simples meu caro, a vida é leve... O que não vier para o meu lado com o intuito de trazer leveza, que volte por onde veio. Bato a porta, mudo o disco, limpo a casa, sacudo a poeira. Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias... Não ame um reflexo, elimine suas certezas concebidas em um momento de fraqueza, o mundo necessita de coisas bem maiores, sentimentos mais profundos, plenos e capacitados para realmente fazerem a diferença, hipocrisia está fora de moda, aprende! Quanta bobagem meu amigo, quanta tolice, quanta perda de tempo e energia em coisas banais... A vida é um eco. Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo...”
“A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio." Martin Luther King

sábado, 3 de agosto de 2013


Hoje acordei inspirada, fui dormir inspirada, acho que nasci inspirada (demais). Por dias (na verdade tempo demais) penso sobre as pessoas mais ou menos, e cada vez tenho mais receio de que o meio termo seja tanto um perigo iminente como contagioso. Espero profundamente que seja uma virose passageira, como aquelas que as crianças contraem no verão, mas que são esquecidas no inverno... Mas o mundo (cada dia mais passivo) me convence de que a acomodação é um vírus social permanente e corrosivo, como um autismo eleito e adaptado. 

Caminhando em direção oposta de Hieráclito, onde tudo flui e nada fica como é, sentamos e esperamos no camarote que as coisas mudem... 


Que estejamos preparados para ver os tão queridos sinais de afeto, afetados pela indiferença, por favor, não sejamos tão mais ou menos, tão meio termo, tão tristes. Tenho medo de gente mais ou menos, gente que se comunica mais ou menos, que ama mais ou menos, que pensa mais ou menos, que controla seus impulsos a fim de parecer mais ou menos normal, gente que faz da hipocrisia seu escudo, para que a sociedade o julgue mais ou menos encaixado em seus padrões, gente que fala mais ou menos, gente que não liga, que não gosta, que não dança, que não se importa, ou que se importa, mais ou menos... Também tenho medo dos atiradores de elite, aqueles desesperados por atenção e dependência, cruzes, desses passo longe, mas não mais ou menos, longe sim, e isso é decisão (é mais, é fato). Vai Martha, vem Clarice: "Viver tem que ser perturbador, é preciso que os nossos sentidos sejam despertados! O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece ser parte da sua biografia!" Pelo amor de Deus mexa-se! De um longo mergulho de cima do muro das lamentações e corre para o abraço, a oportunidade perdida é desperdício de vida e de tempo! Não estou preocupada com os teus medos, a sociedade está se lixando para os teus anseios, ninguém, absolutamente ninguém vai bater a tua porta e oferecer-lhe a felicidade. É “mais ou menos isso”, e se você for um entendedor mais ou menos, observa que “a razão, seguindo o caminho indicado pelos sentimentos, tem asas curtas e falhas”.
Para hoje, em especial Émile Auguste Chartier:"A palavrinha 'farei' tem perdido impérios. O futuro só tem sentido na ponta da ferramenta." E Grita: (Pois se há o direito ao grito, EU GRITO) "Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito!" (CL)

quarta-feira, 31 de julho de 2013

O nosso domingo!


Naquele domingo furtamos os sorrisos, naquele domingo a brisa despenteou minhas certezas, naquele domingo, descobri a aquarela perdida engolida pelos dias cinzas que permeiam minha rotina... E se não houvesse sol? Dançaríamos na lua, caminharíamos de mãos dadas... Tua alma clarinha iluminando a minha, no balanço desse carinho puro e gratuito... Mas que inigualável ternura partilhamos naquele domingo... Que Deus me permita nunca esquecer da beleza desse dia simples, e que eu consiga agregar na bagagem que pesa a minhas costas,  a pluma leve desses tão açucarados momentos! Carrego uma sucessão de erros e minha trilha é marcada por imperfeição, mas que belo presente encontrar um olhar alheio as cicatrizes, e um sorriso que perfumou as minhas mãos e coloriu-me a alma! Roubo o texto pois assim roubo pouco, ou muito de ti, mas sinto que também é meu, por direito, e será por tanto tempo permitir guardado aqui, no desejo do sempre!

“Aquele domingo tomei como nosso. Roubei pra mim, como aquele poema que eu queria ter escrito. Guardei comigo. Na prateleira mais alta, longe do alcance das crianças. Aquele domingo de primavera para nós, de inverno para eles. Ah, se soubessem, quanta inveja teríamos causado. Aquele domingo é nosso. Aquele sol somente aqueceu a nós. Ninguém mais o viu como nós vimos. Aquele domingo vou emoldurar em dourado. No meio da cidade cinza tudo se tornou mais belo naquele domingo.”





domingo, 21 de julho de 2013


Ninguém é feliz o tempo todo, o dia inteiro, a vida inteira... Gente normal tem hora, tem momento, tem escape, tem tristeza, tem sofrimento, tem problema... Gente que é gente vive como a gente, assim, meio torto, meio inclinado, firma as raízes quando chega o temporal, mas as folhas, ah as folhas não dá para segurar, mas os galhos, ah, os galhos também não... Eles se vão, se espalham pelo chão, pelos telhados, outros telhados... E não retornam mais, mas na outra estação eles ressurgem novos e vigorosos, a espreita de um novo temporal... E assim se vão os galhos, as folhas e também os dias... Gente de verdade espera, se angustia, ama, odeia, sente frio, sente medo, sente alegria, sente desespero, sente tudo, se você não sente meu amigo, gente você não é... Gente de verdade é a gente que ninguém vê, e quem chora escondido, e quem espuma de raiva, e quem sorri sem limite de decibéis, quem abraça, quem se doa, quem recebe, quem perde e quem ganha... E não, não se ganha sempre minha gente... Acredito que tudo é passageiro, e se não acreditasse desacreditaria em tudo agora meu irmão... Um dia é da caça e o outro, ah o outro é o outro, depois a gente vê...Tontear com as voltas e perfeitamente normal não é? Só não pode cair minha gente, segura com fé no puta merda da vida... Ou pelo menos dá um descanso para teus esforços vãos e para de insistir e encher o saco do destino... Bom, seja como for, gente ou não, nada além de um ser humano tentando ser o mais confortável possível na sua própria pele, encaro a vida como uma grande montanha russa e, falando sinceramente, acho que tenho uma afável queda por esse brinquedo, pois estou sempre na fila do parquinho...
Divagando...
A história é o incalculável impacto das circunstâncias sobre as utopias e os sonhos... Neste sentido, faça a sua e não se meta na dos outros... Você pode até tentar ler meus textos no papel, na tela ou no que for à era da tecnologia, mas você nunca sentirá o impacto das palavras antes de eu dizê-las diretamente a você... Gosto de surpreender (mas não de ser surpreendida)... Esse negócio de ficar na mesmice, não é meu estilo. Gosto de ver a confusão e correr, de causar uma loucurinha e de senti-la no alto da montanha (ou se caso estiver sob efeito de entorpecentes), dentro de mim... Tudo fica mais alucinante, mais divertido, mais gostoso... É interessante ver o fulminar de uma decisão na vida das pessoas... Toda ação tem sua consequência num certo momento e o mal que passou hoje, vem de volta com o vento, caso tenha medo da tempestade, não desejes o pior a ninguém... Mas apenas os olhos da dor conseguem ver o mal, aqueles olhos de cor acinzentada, adormecidos e dotados de tamanho silêncio que devastariam sua cristaleira inteira se abrissem as pálpebras em um supetão... Um grito surdo e fatal... Mas a tristeza também é uma virtude, sem ela a alegria não teria descanso, o protesto não teria sentido, (a consciência não faria protesto, silenciaria, sem abrir as pálpebras)... Estou lentamente (por insistência) aprendendo a cair, sem nenhuma rede de segurança para amortecer o tombo... Já fez isso em casa? Eu já... Alguns hematomas e está tudo certo, nada de politicamente correto, se arrebente as vezes, faz bem, se não teve infância, se arrebente na vida adulta, torna as coisas menos responsáveis e chatas... Já esbofetearam minhas “verdades” diversas vezes, então eu as mudo, modernizo minhas certezas, e quer saber? Sempre surge algo aqui dentro que me surpreende, novo, infiel, mas conquistador... ( e confesso que as certezas enraizadas, já calejadas e cascudas, ficam comigo, até em noites frias, somos inseparáveis, mas mente aberta para o novo, ajuda a crescer meu amigo...) O mundo não seria o mesmo sem a trágica confusão que você causa, eu não me estressaria, nem o cara da padaria, nem o carinha do carro da frente buzinando como se não houvesse amanhã (sabe lá), nem a balconista da loja ( eu não tenho troco moça, e quer saber, não vou levar mais nada), nem a mulher que quebrou o salto (primeira prestação só em maio...), nem o pedreiro que estava com pressa e cimentou a calçada de qualquer jeito porque tinha que buscar o terceiro filho na creche, você sabe... (aí ela quebrou o salto...) Todos os dias experimentamos a teoria do caos, todo o tempo, tooooooooodo o tempo... Eu me irrito, você se irrita e todo mundo berra, toma café, conta uma fofoca e relaxa logo depois... Não somos responsáveis pelas nossas emoções, sentimos e pronto, se você acha errado, azar o seu, a responsabilidade não é sua, nem minha, é meio que... Cósmica (não sou mística mas jogo para o além o que não consigo e não quero explicar) mas sim do que fazemos com as emoções... E fala sério, há sempre algo de ridículo nas nossas emoções, algo bem cafona que aprendemos quando criança, um empirismo idiota que sempre deu certo (até hoje)... Todo o segredo da arte é talvez saber ordenar as emoções desordenadas e se você descobrir, me conta! Hoje e cada dia mais preciso me despir, ficar completamente nua dessa cordas e nós clichês e sem cabimento do que devemos ou não sentir, o big boss é você? Sou eu? Fala sério, eu sinto o que eu quero sentir ( e muitas vezes o que eu não quero), e se eu quiser correr peladona montada em um cavalo em pleno centro da cidade você achará estranho? Feio? Imoral? Já leu algo sobre a política hoje? Já viu alguém morrer de fome? Já viu uma velhinha ser espancada? Um animal revirando o seu lixo para comer? Já roubaram sua bolsa este mês para comprar craque? Já doou sua medula para alguém que precisa? Já fez algo de útil por este mundo perdido ou reclama sem parar no jornal nacional? (falando em jornal por que diabos você assiste essa M? Então não me julgue... Claro que tenho valores morais e um nome a zelar, mas isso é só um exemplo de um fato que me faria rir demais e repensar os verdadeiros valores morais, (a tênue linha entre a "loucura" e a "realidade" entraria em foco),talvez te motivasse a sorrir e desligar o big brother... David Borenstein disse certa vez que "Os sentimentos não devem ser lógicos. Perigoso é o homem que racionaliza suas emoções" (aplausos) e Clarice completa grandiosamente: "A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade"

terça-feira, 4 de junho de 2013

Estou sentindo falta... E hoje tive vontade de escrever sobre o que me faz falta. Sobre o que também não vivo, por amarras soltas nesse mundo cada dia mais frio e covarde. Primeiro, sinto falta de um abraço, não aquele abraço frouxo, carregado de pressa, mas aquele abraço que te conforta, que por pelo menos 5 segundos te faz sentir quente e querida e por vezes, segura. Sinto falta de beijos, não daquele beijo desesperado, não daquele beijo triste e ansioso pelo que virá depois, mas daquele beijo demorado, com abrir e fechar de olhos, lento, doce. Sinto falta de olhares... Não aqueles olhares carregados de malícia, mas aquele olhar puro, sereno, aquele olhar que dispensa todas as palavras, todos os toques, todos os abraços e beijos. Sinto falta de mãos entrelaçadas, não aquelas mãos frias que carregam-te aleatoriamente para uma encruzilhada, mas mãos firmes e confiantes, mãos que permitem que seus olhos se fechem. Sinto falta de um papo, um bom papo, não aquele papo bobo, malicioso, cansativo, recheado de segundas intenções, mas um papo leve, tranquilo, um papo bom, com abraços, beijos ,olhares e mãos unidas. Sinto falta de carinho,  nada erótico não, mas aquele carinho leve, um dedilhar em toque, sem culpa, sem medo, sem querer... Sinto falta de gente, não dessa gente tola e vazia, mas de gente que saiba dar um abraço, fazer um carinho, beijar delicadamente e dar as mãos sem saber para onde vai te levar, mas que vai te levar com ela para onde for. Sinto falta de verdade, de sinceridade, de amor! Também sinto falta dos meus brinquedos, da época em que essas faltas todas não existiam, da época em que a única falta era na escola quando adoecia. Sinto falta de brincar de esconde-esconde e poder ser achada sem medo. Sinto falta de palavras tenras, de poder confiar, sinto falta de poder amar! Sinto falta de não precisar me proteger, de derrubar os muros, de escalar e me esfolar sabendo que tudo ia ficar bem, que todo machucado iria sarar. Com o tempo... E esse tempo não era angustiante, não era de todo ruim, era um tempo ocupado com valores e outras brincadeiras, as quais minha condição me permitia. Sinto falta de poder falar, sinto falta de poder sentir, de me permitir sentir falta de algo ou de alguém, dessa gente que é gente, dessa gente de verdade que o mundo engoliu, dessa gente que tem brilho nos olhos e coragem, dessa gente que dá oportunidade ao acaso, e da gente que faz do encontro marcado o acaso também. Sinto falta de dizer sim, ou de dizer não com propriedade, sem ter medo e arrependimento, sinto falta de mim, sinto falta de o que um dia essa gente foi e de quem eu queria tanto me permitir ser... Sinto falta de tudo o que não é, e sinto mais falta ainda do que nunca foi e do que nunca será. Sinto falta de poder me jogar e saber que alguém irá me segurar, sinto falta de coragem, sinto por tê-la guardado em algum lugar por sentir falta de acreditar... Sinto falta de vontade, e sinto por ser obrigada a oprimi-la, sinto falta de café da tarde e de risos soltos, sinto falta de poder ser como eu sou 100% do tempo e sinto falta de bom senso em quem não me aceita como eu sou. Sinto muito, sinto tanto...E não me permito sentir nada. Para onde foi toda a mágica? Quem a escondeu? Quem disse para recolhermos os brinquedos? Quem por diabos se intitulou egocentrista o bastante para falar por todos sobre o que não sentia falta? Para onde foi a verdade? Para onde foi a pureza? Para onde foram os abraços, os beijos, os carinhos e as mãos entrelaçadas? Quem souber me diga baixinho, porque este lugar há de ser o paraíso e lá, ouvi falar, não se sente falta de nada... Para onde foi toda aquela gente cheia de coragem e razões para se permitir? Para onde foram os sinos, para onde foram as letras das músicas? Para onde foi tua agitação, teu pulsar, para onde foi tanto barulho?  Para onde foi o luar? Por onde anda a tua vontade de amar?Pois se poder tivesse, assumiria esse posto e gritaria alto para meu povo que desligassem suas televisões, que saíssem de seus computadores, que derramassem lágrimas, que escrevessem uma carta, que fizessem de um encontro uma oportunidade. Sinto falta de quando a vida não era um passa tempo... Sinto falta disso e daquilo, mas talvez você não sinta... Talvez você simplesmente tenha endurecido junto com todo o sistema de coisas, de perdas, de prantos, de perdas e o que eu sinta não importe para você... Mas sinto falta de quando você era capaz de sentir... E sinto muito novamente, e sinto tanto, e sinto mais por não conseguires sentir o que eu sinto... E sinto por não dizer, por não abraçar, por não me permitir, por não beijar, por desviar o olhar, por ser tão igualmente hipócrita por medo de sentir... E sinto que sigamos assim, e sinto que vocês sigam assim, e sinceramente não sinto por onde piso. Não sinto por não dizer, porque por vezes, não sentir me permite adormecer. E viver no marasmo das possibilidades é tristemente mais confortável e seguro, mas ainda não sinto do que a gente se protege, é algo ruim? Se for me fala baixinho, pois quero sentir se vale a pena continuar sentindo, e sinceramente, espero que sim.